Havana Velha - sugestão de itinerário

No nosso primeiro dia em terras de Cuba, saímos do nosso AirBnB à procura de pequeno-almoço e somos interpelados por Juan Manoel na Praça da Catedral.

Manoel mostra-nos que é um guia certificado e logo nos convida para fazer a tour das 4 praças. Ainda o meu cérebro está a meio-gás e Manoel já tem tudo tratado - vamos tomar pequeno-almoço a um hotel junto da praça enquanto ele nos aguarda e depois vamos ver:
  • Plaza de la Catedral
  • Plaza de Armas
  • Plaza de San Francisco de Asis
  • Plaza Vieja

Além das 4 praças, fomos, entre elas vendo outros pontos de interesse:
  • Castillo de la Real Fuerza
  • El Templete
  • Palacio de los Capitanes Generales
  • Calle Obispo
  • Calle Mercaderes
  • Mercado Almacenes San José Artisans
  • Edifício Bacardi
  • La Bodeguita del Medio

Vê estes pontos no mapa >



Plaza de la Catedral

Começamos em frente à Catedral, onde Manoel nos explica que o edifício de exterior em estilo Barroco, foi desenhado por Borromini. Chama-nos a atenção para a diferença entre as duas torres e refere que ainda que o seu interior é, ao contrário do que esperamos, Neoclássico.

Depois desta introdução, leva-nos a um hotel bem perto para um Mojito e um charuto e uma boa conversa de introdução à cultura cubana. A partilha é feita com a maior tranquilidade, antes de nos pormos a caminho de outros pontos de interesse.

Praça Velha - No centro vem Manoel, o nosso guia

Castillo de la Real Fuerza

Junto à água ergue-se aquele que é um dos fortes mais antigos das Américas e é um dos exemplos da arquitectura militar da época do domínio espanhol nas Caraíbas.

Manoel conta que uma das suas torres guarda uma lenda. Conhecida como a Torre de Espera, era aqui que a governadora de Cuba, Doña Inés de Bobadilla, subia todos os dias na esperança de ver chegar o galeão do conquistador espanhol Hernando de Soto, que tentava conquistar a Flórida. Infelizmente, o seu esposo nunca chegou.

Hoje, o castelo é casa do Museu da Navegação e, curiosamente, quando passámos, estavam a montar uma exposição sobre azulejaria portuguesa!

Castillo

El Templete

Construído em 1827, El Templete comemora o local da primeira missa e prefeitura de San Cristóbal, celebrada em 16 de Novembro de 1519.
Todos os anos, nesse dia, a praça fica cheia de crentes em busca de prosperidade que, à meia noite, dão três voltas em torno da árvore sagrada e pedem o desejo, na esperança que os Orishas o cumpram e que possam voltar no ano seguinte.

Plaza de Armas

Esta é a mais velha praça da cidade. Pela manhã a praça já está cheia de pessoas a passear, cubanas tradicionalmente vestidas para tirar fotos com os turistas e imensos cães, com placas penduradas para que os adoptem.

Aqui, desenrola-se uma feira diária de livros usados e em seu redor podemos observar alguns dos edifícios históricos da época colonial com expoente máximo no Palácio dos Capitanes Generales.


Palácio de los Capitanes Generales

Este edifício que já foi prisão e sede de prefeitura, é hoje o Museu da Cidade (entrada 3 CUC).
A rua em frente ao palácio encerra uma curiosidade que Manoel nos conta: diz a lenda que os quartos do governador e sua esposa eram localizados mesmo acima da rua e que, para que estes não fossem incomodados pelo som dos cascos de cavalo a bater na pedra, o governador ordenou o revestimento da rua com paralelepípedos de madeira, que amortecem o som.

Calle Obispo

A rua foi inaugurada apenas 4 anos depois da fundação da cidade. Estreita e bastante longa, esta é uma das principais ruas de Havana e está continuamente repleta de turistas que visitam as suas galerias de arte, lojas e bares com música.

Plaza de San Francisco de Asis

Criada no século XVI, quando ainda os galeões espanhóis atracavam no porto de Havana ali perto, junto a esta praça praça encontramos o Convento de S. Francisco de Assis, hoje museu de Arte Sacra, o Museu do Rum e o Coche Miambí, uma carruagem de comboio construída nos EUA, em 1990 e transportada para Cuba em 1992.

No centro, a Fonte dos Leões é uma das mais antigas da cidade. Construída em mármore branco e desenhada por um escultor italiano, esta já andou por vários sítios da cidade, tendo agora regressado ao seu local original - a praça de S. Francisco de Assis.

Junto à praça está também uma estátua de uma personagem que vagueava pela cidade e se tornou conhecida e popular e cuja história de vida por efabulada pelos cubanos. Manoel insiste que tiremos uma foto com El Caballero de París. Com uma mão tenho que lhe tocar na barba e pisá-lo com um pé, mas até hoje não sei porquê.



Calle Mercaderes

A rua dos mercadores foi totalmente restaurada pela Oficina del Historiador de Habana Vieja, sendo hoje completamente pedonal, e uma réplica quase completa da rua original com origem no século XVIII. A rua está repleta de lojas, museus e restaurantes e tem a dinâmica muito própria de Havana. Curiosas são as lojas restauradas, como a perfumaria e a loja de especiarias. É a rua que mais gostei de percorrer.

Mercado Almacenes San José Artisans

No final da tour, Manoel leva-nos de carroça até este mercado com lojas infinitas de artesanato. Aqui podemos encontrar souvenirs de vários tipos, com grande destaque para as pinturas de grande área, muito características da arte cubana.

Plaza Vieja

Criada no século XVI, devido ao crescimento exponencial da cidade, esta foi a 3a praça de Havana, depois da Plaza de Armas e da Plaza de San Francisco de Asis. 

Segundo a história, os monges franciscanos exigiram que o mercado que se realizava junto ao convento, fosse levado para outro sítio, devido ao barulho e à quantidade de gente que se aglomerava na Plaza de San Francisco de Asis, obrigando à construção de um novo espaço. Assim, em 1559, esta praça foi concluída e chamada de Plaza Nueva, ganhando desde cedo popularidade.

Rodeada de edifícios coloridos erguidos para serem habitações privadas, esta é um espaço riquíssimo, onde nos podemos sentar a apreciar um bom café cubano enquanto observamos a arquitectura que ladeia a praça.


Edifício Bacardi

Esta obra Art Déco é a primeira do estilo, em Havana, e o edifício foi erguido para ser a sede da Bacardi Rum Company. No entanto, como a Bacardi cai com o regime de Castro, o edifício passou a ser propriedade nacional, nos anos 60.

Manoel conta-nos que a Bacardi nasceu em Cuba, por mão de um emigrante espanhol, num armazém, numas docas, infestado de morcegos. Doña Amalia Bacardi, esposa de Don Facundo Bacardi, lá achou que eles davam boa sorte e este tornou-os símbolo da marca!

Rua do edifício Bacardi, com 2 carros clássicos em primeiro plano
Edifício Bacardi

La Bodeguita del Medio

Este é talvez o bar mais conhecido de Havana.
A lenda diz que um dos clientes regulares, o jornalista Leandro García, foi o primeiro a assinar as paredes e a começar aquilo que hoje é uma tradição.
A lista de celebridades que frequentavam o bar estende-se, incluindo Pablo Neruda, Salvador Allende, o colombiano Gabriel García Márquez, Nat King Cole e Ernest Hemingway cuja frase 'My mojito in La Bodeguita, My daiquiri in El Floridita' é orgulhosamente exposta.

É um sítio cheio de história e com ambiente incrível. No entanto, muitos não vão querer esperar nas longas filas e pagar um pouco mais por estes Mojitos.



Para a noite, o planeamento também foi feito por Manoel.
Durante a nossa viagem de carroça, Manoel tinha-nos falado do espectáculo do Buena Vista Social Club, realizado por vários artistas cubanos, alguns deles vencedores de Grammys. Por isso, mal saímos do Mercado, passámos pelo local do espectáculo para reservar. Pagámos metade e, a outra metade é paga à noite (60 CUC por pessoa, com direito a jantar). Ainda que o jantar não tenha sido dos melhores, o espectáculo compensou muito: um show de verdadeira música cubana!


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